Viseu
Viseu Dão LafõesViseu
Viseu é uma cidade portuguesa pertencente à região Centro mas que fica na zona norte de Portugal, com cerca de 90 000 habitantes, sendo por isso a terceira maior e mais populosa cidade no Centro-norte de Portugal, a seguir a Coimbra e Aveiro. É também Capital de Distrito com o mesmo nome.
É sede de um município com 507,10 km² de área e 99 274 habitantes (2011), subdividido em 25 freguesias.
O município é limitado a norte pelo município de Castro Daire, a nordeste por Vila Nova de Paiva, a leste por Sátão e Penalva do Castelo, a sueste por Mangualde e Nelas, a sul por Carregal do Sal, a sudoeste por Tondela, a oeste por Vouzela e a noroeste por São Pedro do Sul. Para além de sede de distrito e de concelho, Viseu é igualmente sede de Diocese e de Comarca.
Segundo um estudo da DECO de 2007 sobre qualidade de vida, Viseu é a 17.ª melhor cidade europeia com mais qualidade de vida entre as 76 do estudo, sendo ainda a primeira das 18 cidades capitais de distrito portuguesas com melhor qualidade de vida.
No Centro de Portugal há um coração que bate mais forte nas praças das cidades, onde a vida ganha um novo sentido. A granitica cidade de Viseu cuja origens remontam ao sécilo VIII, seduz os viajantes com a riqueza do seu património, a beleza intraduzivél das suas ruas e parques repletos de charme
Em 2012 foi considerada, mais uma vez, a cidade portuguesa com melhor qualidade de vida.
História
As origens da cidade de Viseu remontam à época castreja e, com a Romanização, ganhou grande importância, quiçá devido ao entroncamento de estradas romanas de cuja prova restam apenas os miliários (passíveis de validação pelas inscrições) que se encontram: dois em Reigoso (Oliveira de Frades), outros dois em Benfeitas (Oliveira de Frades), um em Vouzela, dois em Moselos (Campo), um em São Martinho (Orgens), um na cidade (na Rua do Arco), outro em Alcafache (Mangualde) e mais dois em Abrunhosa (Mangualde); outros mais existem, mas devido à ausência de inscrições, a origem é duvidosa. Estes miliários alinham-se num eixo que parece corresponder à estrada de Mérida (Espanha), que se intersectaria com a ligação Olissipo-Cale-Bracara, outros dois pólos bastante influentes. Talvez por esse motivo se possa justificar a edificação da estrutura defensiva octogonal, de dois quilómetros de perímetro — a Cava de Viriato.
Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Depois da ocupação romana na península, seguiu-se a elevação da cidade a sede de diocese, já em domínio visigótico, no século VI. No século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, como a maioria das povoações ibéricas e, durante a Reconquista da península, foi alvo de ataques e contra-ataques alternados entre cristãos e muçulmanos. De destacar a morte de D. Afonso V rei de Leão e Galiza no cerco a Viseu em 1027 morto por uma flecha oriunda da muralha árabe (cujos vestígios seguem a R. João Mendes, Largo de Santa Cristina e sobem pela R. Formosa). A reconquista definitiva caberia a Fernando Magno, rei de Leão depois de assassinar em 1037 o legítimo rei Bermudo III (filho de Afonso V) vencedor da batalha de Cesar em 1035 (segundo a crónica dos Godos).