Mação

Lisboa e Vale do Tejo

Mação

Mação é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Santarém, na província da Beira Baixa, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região do Médio Tejo, com menos de 2000 habitantes.

É sede de um município com 399,98 km² de área e 7338 habitantes (2011), subdividido em 6 freguesias.

O município é limitado a nordeste pelo município de Proença-a-Nova, a leste por Vila Velha de Ródão e Nisa, a sul pelo Gavião, a sudoeste por Abrantes, a oeste pelo Sardoal e por Vila de Rei e a noroeste pela Sertã.


História

Toda a área do concelho de Mação constitui riquíssima zona paleontológica e arqueológica. Em todas as suas freguesias se encontram fósseis, o que mereceu larga referência a Nery Delgado (Système Sillurique du Portugal; Étude de Stratigraphie Paléontologique). No campo da arqueologia, a riqueza do concelho é, sobretudo, da época Romana como o balneário romano em Ortiga. O mais célebre de todos os achados, foi o tesouro da Idade do Bronze do Porto do Concelho em 06/03/1943, que se compunha de 42 peças (foices, lanças, machados, espadas, punhais, braceletes, etc.).

Notável também, o achado, em Março de 1944, em Casal da Barba Pouca (freguesia de Penhascoso), da célebre alabarda de sílex a maior da Península Ibérica. De realçar que o Sr. Boaventura Marques foi o autor deste achado durante a preparação (lavoura) do terreno para semear o milho. Posteriormente esta alabarda foi gentilmente oferecida ao Museu de Mação.

Merecem ainda referência os Castros de Amêndoa (Idade do Ferro), Castelo Velho de Caratão (Idade do Bronze), as estações de Vale do Junco e Vale do Grou (Romanas).

Recentemente, nas margens da Ribeira de Ocreza, no âmbito do acompanhamento das obras de construção da SCUT da Beira Interior, foram descobertos painéis de arte rupestre, de diferentes épocas, incluindo o primeiro achado de arte paleolítica de ar livre no sul de Portugal onde até ao momento apenas se conhecia arte parietal na gruta do Escoural. Trata-se de uma representação de equídeo (cavalo) figurado em perfil absoluto.

Mação era, nos começos da nacionalidade, um pequeno lugar que pertenceu até ao primeiro quartel do século XIV, ao termo de Belver na Ordem de Malta. O primeiro foral de independente, foi-lhe dado pela Rainha Santa Isabel.


Gastronomia

A gastronomia do Concelho é bastante variada. De entre os diversos e apreciados pratos tradicionais, salienta-se os enchidos e o presunto fazendo as delícias dos apreciadores mais exigentes. De notar que o concelho de Mação produz cerca de 70% do presunto nacional.

Como entradas, nada melhor que provar as azeitonas, o presunto, enchidos frios e o queijo de cabra e de ovelha, todos produtos locais de grande qualidade. Os pratos de carne incluem o cabrito assado em forno a lenha à moda de Mação, o feijão de matança e o bucho recheado. Contemplando a estreita relação com o rio temos o arroz de lampreia, o sável na telha, o achigã grelhado, a sopa à pescador e o ensopado de saboga e o ensopado de enguia , que se podem encontrar em restaurantes da especialidade na zona da barragem de Ortiga. Como acompanhamentos nada melhor que migas e um bom vinho. No que respeita à doçaria não devem ser esquecidas as tigeladas de Cardigos, o mel, o bolo dos santos, o bolo finto e as fofas de Mação (cavaca) e os torrados.