Alvito

Alentejo

Alvito

Alvito é um município português pertencente ao distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo, com cerca de 2 504 habitantes.

Com sede na vila homónima de Alvito, o Município de Alvito tem 264,85 km² de área e 2 504 habitantes (2011), subdividido em 2 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Viana do Alentejo, a este por Cuba, a sul e oeste por Ferreira do Alentejo e a oeste por Alcácer do Sal.

O nome Alvito provém de Olivetto, que significa olival, facto comprovado pelas oliveiras milenares que se encontram no concelho.


História

Os testemunhos mais antigos que se conhecem da presença humana no concelho remontam ao Neolítico, existindo vários vestígios que asseguram a presença do Homem durante a Idade do Cobre, do Bronze e do Ferro.

A ocupação intensa levada a cabo pelos romanos fez-se sentir logo no início do século I, subsistindo ainda vários testemunhos desta presença, de que são exemplos as villae de S. Romão, de S. Francisco e Malk Abraão. Também visigodos e muçulmanos ocuparam estas antigas villae, dando continuidade à ocupação romana.

Conquistada pelos portugueses em 1234, a povoação de Alvito é doada a D. Estêvão Anes em 1251, chanceler-mor do reino, por D. Afonso III e pelos Pestanas de Évora. A partir desta data, sobretudo através da ação do chanceler, procede-se ao seu repovoamento, passando Alvito a ser uma povoação com dimensões consideráveis para a época.

Em 1279 morre D. Estêvão Anes, ficando a vila em testamento para a Ordem da Santíssima Trindade, a qual lhe concede carta de foral, idêntica à de Santarém, a 1 de agosto de 1280. Tal documento viria a ser confirmado por D. Dinis, em 1283. Em 1387, D. João I doa Alvito a D. Diogo Lobo, em troca dos bons serviços prestados na batalha de Aljubarrota (1385) e na conquista de Évora aos espanhóis (1387), ficando a vila ligada à história desta família ao longo de todo o período que durou o regime monárquico.

A 24 de abril de 1475, D. Afonso V concede ao Dr. João Fernandes da Silveira, marido de D. Maria de Sousa Lobo, o título de Barão, passando Alvito a ser o «cérebro» da primeira baronia instituída em Portugal. Nesta época, já a povoação desfrutava de um crescimento acentuado, fruto da conjuntura favorável em que o reino se encontrava e que permitiu um forte crescimento populacional em todo o país. Tal crescimento teve fortes repercussões na economia da vila, dado que Alvito passa a ser um dos principais centros político-económicos de todo o Alentejo, durante o período moderno, tendo quase 1700 habitantes e 364 fogos, segundo as estatísticas do censo de 1527. Este facto justifica o esplendor que se pode observar em muitos monumentos: o castelo, a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de Nossa Senhora das Candeias, bem como na representatividade da arte manuelina de Alvito.

Na época de transição do século XVIII para o século XIX, o crescimento e prosperidade de Alvito estagnam, começando o seu declínio a partir de meados do século XX, sobretudo durante as décadas de 60 e 80.


Gastronomia

As iguarias típicas que podem ser provadas em qualquer um dos restaurantes do concelho são:

  • Açorda de Cação

  • Migas

  • Ensopado de Borrego

  • Sopa de Beldroegas
  • Feijão com Catacuzes

  • Carrasquinhas


Destaca-se, também, a doçaria regional (pastéis de chila e grão), os licores e, na freguesia de Vila Nova da Baronia, os enchidos da Baronia, e os vinhos da Herdade das Barras e do Monte dos Catacuzes - ALVITUS e BARONIUM.

O evento gastronómico de maior relevo é, desde 2007, o Ciclo Gastronómico "As Ervas da Baronia". Em Fevereiro e Junho realizam-se semanas gastronómicas em que participam os restaurantes do concelho, oferecendo pratos em torno de espargos, catacuzes e carrasquinhas (na 1ª semana) e beldroegas (na 2ª semana).