Porto de Mós

Região de Leiria

Porto de Mós

Porto de Mós é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Pinhal Litoral, com cerca de 24 342 habitantes.
É sede de um município com 261,83 km² de área e 24 342 habitantes (2011), subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Leiria e da Batalha, a leste por Alcanena, a sul por Santarém e Rio Maior e a oeste por Alcobaça.
Segundo a lenda da Nazaré, o cavaleiro D. Fuas Roupinho, miraculado por Nossa Senhora da Nazaré, em 1182, foi alcaide de Porto de Mós. Segundo outras fontes, venceu um grande exército muçulmano que cercava o castelo, recorrendo ao estratagema de se esconder previamente na serra com parte dos seus homens. Derrotou o inimigo com um ataque surpresa ao seu acampamento, durante a noite.

O Concelho de Porto de Mós foi pertença dos Coutos de Alcobaça em 1230, doado por D. Sancho II influenciando por muitos séculos a vida e os hábitos desta região que mais tarde foi entregue, por D. João I, a D. Nuno Álvares Pereira e á Casa de Bragança, após a decisiva Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385.

Em 1895 O concelho de Porto de Mós foi extinto e passou a pertencer ao concelho de Alcobaça, no entanto este período foi de curta duração, já que em 1898 voltou a ter o estatuto de concelho.
A vila recebeu foral de Dom Dinis em 1305.


O castelo medieval

À época da Reconquista cristã da península Ibérica, tendo as forças de D. Afonso Henriques (1112-85) avançado até à linha do rio Tejo, Porto de Mós tornou-se um ponto estratégico na defesa de Leiria e de Coimbra. Conquistada em 1148, a tradição refere como seu Alcaide o ilustre D. Fuas Roupinho. Pouco tempo mais tarde os mouros reconquistaram este castelo, tendo D. Fuas logrado a fuga para retomá-lo em seguida, com reforços, definitivamente.

Com o incentivo ao povoamento sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211), a povoação prosperou, tendo a sua defesa recebido importantes obras de beneficiação. Ciosa de seus direitos e deveres, foi uma das raras localidades portuguesas que se constituíram em Concelho por iniciativa própria, independen-temente da concessão de Carta de Foral. Novas obras foram promovidas durante o reinado de D. Dinis (1279-1325), que lhe outorgou foral (1305), quando se iniciou a sua adaptação à função de residência senhorial.

No contexto da crise de 1383-1385, a povoação e o seu castelo tomaram o partido do Mestre de Avis. As forças portuguesas, sob o comando do soberano, aqui acamparam a caminho da batalha de Aljubarrota (1385). A povoação, o castelo e seus domínios integraram a ampla doação de terras e direitos feita pelo soberano ao Condestável, D. Nuno Álvares Pereira. Por falecimento deste, foram legados em testamento à sua filha e genro, os primeiros duques de Bragança. Em meados do século XV, o filho do 1º duque de Bragança, D. Afonso, 4° conde de Ourém e 1° marquês de Valença, interessando-se por várias vilas destes domínios, foi o responsável por várias melhorias em Porto de Mós, entre as quais a transformação do seu castelo medieval em um solar renascentista, projeto que os seus descendentes conservaram e ampliaram.