Proença-a-Nova
Beira BaixaProença-a-Nova
Rico em gastronomia, tradições, histórias e paisagens, o concelho de Proença-a-Nova localiza-se numa região de transição entre a serra e o Alentejo que cria contrastes nas paisagens, com panorâmicas deslumbrantes.Proença-a-Nova é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Castelo Branco, região Centro, sub-região do Pinhal Interior Sul e Diocese de Portalegre e Castelo Branco e sede de concelho, com cerca de 8 000 habitantes.
É sede de um município com 385,39km² de área e 8 314 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a Norte pelo município de Oleiros, a Nordeste pelo de Castelo Branco, a Este pelo de Vila Velha de Ródão, a Sudoeste pelo de Mação e a Noroeste pelo da Sertã.
O concelho de Proença-a-Nova está dividido em 4 freguesias:
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Montes da Senhora
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Proença-a-Nova e Peral
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São Pedro do Esteval
- Sobreira Formosa e Alvito da Beira
Toponímia
De grande antiguidade, chamaram-lhe Cortiçada, nos seus primeiros anos, nome que só no século XVI foi definitivamente abandonado em favor do actual. A justificação daquele não se afigura difícil, devendo relacionar-se com a abundante produção de cortiça ou elevado número de colmeias (também chamados cortiços) que, em tempos, foram de grande importância na região.
O topónimo Proença, por seu lado, suscita maiores dúvidas. O sábio filólogo Leite de Vasconcelosopina que se relaciona com a «religião em geral», de proveniência francesa e outros autores aproveitaram a ideia para o filiar em Provença sem, no entanto, deixarem de observar que nada mais permite essa aproximação; é que nem há notícia de que os habitantes do velho país das Gáliastenham vindo fixar-se na Lusitânia, nem é de comparar regiões de características tão distintas.
Forais
“'«...nove légoas da villa do Crato para norte, e sete da villa de Castello Branco para o poente, está situada a villa de Proença, a quem deo foral El-Rey D. Afonso, o Terceiro. He povoação de 150 vizinhos». ”
— Padre C. da Costa, em Corografia Portuguesa.
Do longo período que medeia a presumível fundação da vila e a data do seu primeiro foral não há quaisquer notícias. Mas é facil imaginar o que terá sido a vida dos seus poucos habitantes: a pastorícia era a ocupação preponderante, tanto nos períodos de paz como naqueles em que as surtidas de povos rivais os obrigava a permanecer nos montes, fora do caminho dos contendores; a agricultura fazia-se nas terras baixas, férteis e de fácil irrigação; a caça, então muitíssimo abundante e variada, proporcionaria outro dos mais importantes meios de sustento. Frugais e reservados terão vivido isolados, em número restrito, não admirando que a povoação pouco tenha evoluido até ser doada aos Monges da ordem do Hospital. Estes, colaborando com os primeiros reis no esforço de repovoamento e estabilização das populações nos locais mais ricos e de maior importância estratégica, adoptaram diversas medidas, desde a criação de defesa de novas terras até à concessão de forais portadores de regalias de vária ordem, àquelas que os justificassem. E foi assim que, em 1244, o prior de Hospital, frei Rodrigo Egídio, deu a Proença-a-Nova o primeiro foral.
A aceitação deste foral, concedido a Proença-a-Nova, não é pacífica. Proposta por Franklim e desenvolvida pelo Padre Manuel Alves Catarino na sua valiosa monografia «Concelho de Proença-a-Nova», tem opositores em Pinho Leal e A. Costa que, por seu lado defendem a doação de foral feita por D. Afonso III em 1242. Américo Costa, no seu «Dicionário», depois de referir tal concessão pelo «Bolonhês», afirma: pretendem alguns que este foral se não refere a Proença-a-Nova, mas à «Quinta das Cortiçadas», lugar da freguesia de Fornelos, concelho de Santa Marta de Penaguião».
D. Manuel I reformou todos os forais, cabendo o «Foral Novo» a Proença-a-Nova em 1512.
Pormenor curioso do documento Manuelino é a designação de Proença-a-Nova, surgida logo em título: «Foral dado a Vila Melhorada, que se chamava Cortiçada». Essa designação conservou-se durante algum tempo mas não vingou pois, em fins desse século já ninguém falava em Vila Melhorada mas, como hoje, em Proença-a-Nova.