Pinhel

Serra da Estrela

Pinhel

Pinhel é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito da Guarda, na província da Beira Alta, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região das Beiras e Serra da Estrela, com aproximadamente 3 500 habitantes.

Também conhecida por Cidade Falcão, é sede de um município com 484,52 km² de área e 9 627 habitantes (2011), subdividido em 18 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vila Nova de Foz Côa, a nordeste por Figueira de Castelo Rodrigo, a leste por Almeida, a sul pela Guarda e a oeste por Celorico da Beira, Trancoso e Mêda.

O concelho de Pinhel encontra-se entre os 350 e os 600 metros de altitude e é banhado pelo rio Côa, pelo rio Massueime, para além da ribeira das Cabras e da ribeira da Pêga. Pinhel fica rodeado por paisagens vistosas: colinas, planaltos, montes e a notável Serra da Marofa. Pinhel foi outrora diocese e atualmente permanece o ponto focal de Terras de Riba Côa, dominada por planaltos, fortalezas, pelourinhos e os vastos horizontes, junto ao Vale do Côa. A cidade de Pinhel possui monumentos tipicamente beirões, de beleza estética, de gastronomia e de vinho, para além de salientar os frondosos pinheiros e bosques da Beira Interior.

O nome Pinhel deriva da grande quantidade de pinheiros existentes nessa zona. A proximidade de Pinhel a Espanha fez com que esta fosse um fulcro de um dos mais avançados centros fortificados até à assinatura do Tratado de Alcanizes.

Na parte setentrional (norte), situa-se o Parque Arqueológico do Vale do Côa, compartilhado com algumas municipalidades vizinhas, declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1998.


História

A origem da cidade de Pinhel é atribuída, sem grande certeza, aos Túrdulos, por volta do ano 500 a. C.

O concelho de Pinhel recebeu foral de D. Sancho I em 1209, detendo funções de organização militar e jurisdição. Deve-se a D. Dinis a reedificação do Castelo de Pinhel, constituído por duas torres, e a construção da histórica muralha que rodeava a vila da época (atual zona histórica), constituída por seis portas: Vila, Santiago, S. João, Marrocos, Alvacar e Marialva.

Tornou-se sede de diocese e cidade em 1770, durante o reinado de D. José I, por desanexação da Diocese de Lamego, mas em 1881 a Diocese de Pinhel foi extinta pela Bula Papal de Leão XIII e incorporada na Diocese da Guarda.

Pinhel tem como símbolo o Falcão, presente também como distintivo no seu brasão. O falcão simboliza o patriotismo dos pinhelenses que lutaram pela defesa da independência nacional, numa altura em que estes aderiram ao movimento patriótico do Mestre de Avis e em que Portugal estava sob ataques de Castela, nomeadamente na Beira Alta. O falcão foi assim um talismã arrebatado ao rei de Castela por parte dos terços pinhelenses.