Pombal é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Pinhal Litoral, com cerca de 11 000 habitantes. Foi oficialmente elevada a cidade em 16 de Agosto de 1991.
É sede de um município com 626,00 km² de área e 55 217 habitantes (2011), subdividido em 13 freguesias.
O município é limitado a Norte pelos municípios da Figueira da Foz e de Soure, a Este por Ansião e Alvaiázere, a Sudeste por Ourém, a Sudoeste por Leiria e a Oeste possui uma faixa de litoral no Oceano Atlântico.
Pombal foi fundada por Dom Gualdim Pais, Grão-Mestre da Ordem dos Templários, que mandou construir o seu Castelo. Deu-lhe Foral no ano de 1174.
Em 29 de Janeiro de 1186 o papa Urbano III faz seguir a bula Intelleximus ex autentico ao mestre e cavaleiros da Ordem do Templo para lhes confirmar as igrejas de Pombal Ega e Redinha, construidas nas terras que lhes doara D. Afonso Henriques e toma-as debaixo da protecção da Santa Sé .Em 1509 Dom Manuel I, ordenou a reconstrução do castelo. O alcaide-mor da vila, o Conde de Castelo-Melhor, instalou-se no seu interior.Foi elevada a cidade em 1991, pela Lei 71/91, de 16 de Agosto.
Em 13 de Julho de 1976 foi fundado o Teatro Amador de Pombal que, desde então, tem desempenhado uma importante função cultural no concelho. Conta já com mais de 30 produções. Em Pombal existem duas rádios: a 97Fm, fundada como Rádio Clube de Pombal, e a Cardal Fm, em 87.6 Mhz. A Rádio Clube de Pombal começou como uma aventura de dois jovens que no dia 25 de abril de 1986 lançaram para o ar a primeira emissão. A Rádio Cardal teve durante alguns anos o estatuto de rádio "pirata”, tendo sido legalizada em março de 1989 com a obtenção do alvará de licenciamento.
Em Pombal, a imprensa jornalística resume-se atualmente ao Pombal Jornal, depois de se ter assistido ao desapare-cimento de alguns periódicos que marcaram o panorama jornalístico da comunidade durante décadas. É o caso do Correio de Pombal, de O Eco, fundado em 1932 e também já extinto, e do Voz do Arunca.
A Associação Filarmónica Artística Pombalense é uma das mais antigas coletividades do concelho, fundada no dia 16 de outubro de 1867.
Pombal

FESTAS DO BODO
Anualmente, a cidade organiza as Festas do Bodo, cuja origem remonta ao período medieval. Realizam-se, segundo a lenda, como agradecimento à Nossa Senhora do Cardal por ter afastado as pragas das colheitas. Celebram-se durante cinco dias de modo a coincidir com o último domingo do mês de julho, envolvendo diferentes atividades, de cariz religioso, económico e de lazer, e contando com a presença da população, bem como de muitos emigrantes do concelho, em período de férias.
A lenda liga as festas do bodo a uma praga que atingiu os pombalenses e a uma mítica D. Maria Fogaça, pessoa muito devota que deu origem à secular festa. Conta-nos então a tradição que, uma praga de gafanhotos e lagartas afligiu os pombalenses, invadindo ousadamente as suas habitações, contaminando os alimentos, e até caindo em nuvem dentro dos vasos onde as mulheres levavam a água, obrigando ao uso de um pano para a coar.
Esta vexação era tão insuportável que obrigou o povo a ir à Igreja de S. Pedro, então Matriz da Vila, e aí principiarem uma procissão de preces, que acabou na Capela de Nª Srª de Jerusalém. Realizou-se missa cantada, prometendo-se uma festa, se esta os livrasse de tão grande calamidade. A Senhora de Jerusalém rápido atendeu os rogos e súplicas do povo aflito, porque na manhã seguinte já o terrível inimigo tinha evacuado os campos e as searas. Reconhecido o milagre, celebrou-se nova missa solene em acção de graças pelos benefícios recebidos, ajustando-se desde logo as festas para o ano vindouro. No ano seguinte, D. Maria Fogaça decide tomar por sua conta o total dispêndio da festa religiosa, tal foi o empenho que houve canas, escaramuças, touros, fogos e danças. Nessa festa, foram oferecidos ao pároco da vila, dois grandes bolos, que saindo de extraordinária grandeza, ao serem deitados no forno, um ficou mal colocado. Um criado da casa, invocando o nome da Srª de Jerusalém, atreveu-se a entrar rapidamente no forno, consertou-o e saiu ileso. Tal facto correu logo todo o povo, como um novo milagre, e deu origem à festa do bodo. A partir de então, a festa passou a fazer-se com temerária devoção ao bolo, ao qual a população deu o nome “fogaça”.
As festas que tinham inicialmente lugar nos finais de Junho, passaram a realizar-se no último fim de semana de Julho, visto estar mais de acordo com o calendário das colheitas. Contudo, nas quatro semanas anteriores, continuaram-se a promover cerimónias em honra da Senhora. Para tal, no último dia das festas, a Câmara nomeava quatro mordomos, cada um de casais diferentes, que se encarregavam de fazer a festa, um deles vinha na primeira sexta-feira, procurar a bandeira de Nossa Senhora do Cardal que levava para o seu casal.